Fibromialgia - a dor da alma

em 28 de maio de 2018



Fibromialgia.
A dor invisível.
Sem explicação.
“Dor da alma”, “Tristeza no corpo”, “Tortura”.
Nenhum exame, nenhum sinal, nada além de dor e um histórico que precisa de um ouvido atento e um médico que veja uma pessoa e não um número.
Os ossos doem, os músculos doem, a sua pele inteira dói.
Não dá pra abraçar, não dá para ficar muito tempo em uma posição, mas não tem nada no seu exame! Seu rosto dói até para comer, o chinelo incomoda no pé.
Perceber que as pessoas a sua volta simplesmente não entendem como você está sempre com dor. Se nem os médicos entendem, como você vai cobrar delas que entendam que não, não é para chamar atenção, não é exagero, não é enxaqueca, não é coluna, não é gripe?
Não dormir. Mesmo. Achar ótimo quando você dorme 2h no total, em períodos de 30/40 minutos por vez.
Não dormir. Não relaxar. Não descansar.
Não dormir significa não raciocinar direito, esquecer coisas simples, sentir que está perdendo a memória, ficar irritado o tempo todo.
A dor como companhia constante torna você uma pessoa pior, sem paciência, triste e desanimada.
Há dias melhores e dias piores, com muitos dias difíceis no meio.
Dias onde tudo que você quer é tomar mais um comprimido (ou dois, ou três) e dormir o tempo todo.
Dias onde tudo parece um pouco mais leve e o seu corpo até parece seu de novo.
Dias onde a dor fica suportável e você luta contra a tristeza, sorri e se diverte, quase parecendo normal.
Dias em que você acredita que passou e que você nunca mais vai sentir aquilo.
Dias onde você não se reconhece e chora por perceber que está se tornando alguém detestável.
Fibromialgia.
Aquela coisa que faz você dar um novo sentido ao mantra “vai passar”.

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