Eu realmente não sou feita de deixar de ser.
Sou feita de ser.
E sou feita de estar, de querer, de fazer. Ainda que errado, difícil, impossível.
Sou feita de ser feliz, alegre, especial. Sou feita de ser chata, brigona, equivocada.
Sou feita de erros e acertos, de brigas e perdões, de gritos e sussuros.
Sou feita de sorrisos ocultos e tristezas abertas.
Sou feita de dores imensas e mágoas profundas, escondidas pela alegria cotidiana da qual também sou feita.
Sou feita da escolha diária pelo melhor, pelo tranqüilo, pelo que não dói.
Sou feita de necessidade de amor correspondido, de amizade sincera, de relação honesta. E de ciúmes e monopólio também.
Sou feita de doação e solicitação.
Sou feita de cobranças e de bênçãos.
Sou feita para um mundo que eu não conheço, que nem desejo.
Sou feita para pessoas que me amam e para quem eu não amo.
Sou feita para o desafio e para o habitual, sou feita para o básico e para o luxo.
Mas não sou feita para a traição, para a mesquinharia, para o ódio.
Não sou feita para a insegurança.
Não sou feita para deixar pra lá, para ignorar o que machuca, para fugir do confronto.
Não sou feita para coisas mal resolvidas.
Não sou feita de pensamento negativo, dúvidas internas, achismos errados.
Não sou feita de infelicidades, nem de oportunidades desperdiçadas.
Sou feita de vida simples e de Vida, aquela que a gente descobre quando olha pro céu enquanto vive a nossa vidinha de todo dia.

Nenhum comentário:
Postar um comentário