Fui assistir ao filme Austrália, com a Nicole Kidman.
É lindo, um superfilme.
Me deixou ao mesmo tempo feliz e triste....é estranho se identificar com todo mundo do filme em algum momento?
Não sei.
A personagem da Nicole é uma mulher que vai até os cafundós do Judas para resgatar o marido.
Chegando lá, ela encontra o marido morto e uma terra virgem, que a desafia...obviamente, tem um homem lindo, selvagem e totalmente diferente dela, que a faz querer ser australiana desde criancinha. Ah, ainda tem uma criança metida nisso, uma criança mestiça, que é filha de uma aborígene e de um branco mau caráter, pela qual a Sarah/Nicole se apaixona.
É triste, é mágico, é lindoooo.
Me identifiquei com uma mulher que busca um sentido para sua vida superficial, com o cowboy que tem medo de amar depois de um sofrimento, e principalmente com a criança...por ser mestiça, ela não se sente parte de nada...nem é negra, nem é branca.
Todo mundo pede a ela que seja corajosa perante o sofrimento, que seja forte como um aborígene, que se comporte, que se adapte....não é pedir muito?
Vivemos pedindo muito a todo mundo.
Principalmente a nós mesmos.
Fala-se tanto de perdão, de perdoar aos inimigos, de perdoar as ofensas.
E o perdão a nós mesmos? Onde fica? Não é necessário?
É o mais necessário de todos...precisamos deste perdão interior.

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