Eu em Orlando - vôo e aeroporto: tô chegando!

em 1 de agosto de 2018

Oi, gente!

Chegamos na parte de voo e aeroportos. Nosso voo era noturno, pela companhia aérea American Airlines, com uma escala curtinha em Miami.
Tínhamos uma questão sobre a marcação de assentos para resolver: a AA colocou todos nós separados e não era viável Giovanna ir sozinha, né?

Então entrei em contato com eles e me orientaram a chegar no aeroporto um pouco antes de abrir o check in. Ok, vamos lá.
Como o vôo estava previsto para 21:40h e a orientação é chegar com 4h de antecedência, me programei para chegar com 5h e resolver a pendência dos lugares. Foi a melhor decisão: saí de casa 16h, peguei um engarrafamento ANORMAL e o trajeto que era de meia hora virou 1h e 15 minutos de agonia. Cheguei ainda antes do prazo de 4h, mas já tinha uma certa fila. A atendente foi super solícita e acomodou a gente junto sem problemas. Despachamos a bagagem e ficamos somente com a mala de mão e as mochilas. Já eram quase 18h: o tempo passa muito rápido e mais uma vez eu agradeci ser tão ansiosa e me programar para chegar cedo lá.


Como o aeroporto aqui do Rio é enorme e os portões são distantes, preferimos já ir para perto do portão e aguardar lá. Na área de embarque nova tem um "play" para crianças pequenas, junto com espreguiçadeiras e pontos para carregar telefone: foi ótimo. Fizemos um lanche (as crianças já mortas de fome a essa altura e eu não tinha ideia de como era o serviço de bordo ) e ficamos por ali aguardando a chamada para o embarque.

Eda e Pietro ostentando nas espreguiçadeiras do aeroporto.


Bem ali do lado das cadeiras, a área kids onde Giovanna ficou brincando.

Quando fomos chamados, já eram 20:30h. Embarque bem tranquilo, às 21h já estávamos no avião. Não houve atraso na decolagem.
Era um 787: uma fileira central de 4 lugares e as fileiras laterais com 3 lugares.
Eu, Diego e Gio em uma fileira do canto e Eda e Pietro nas poltronas do canto do outro lado do corredor, mas ok. As poltronas não são ultra confortáveis, mas deu para ir tranquilamente.
Cada poltrona tinha um travesseirinho, uma mantinha e fones de ouvido. Também tinha telas individuais com uma excelente seleção de filmes, lançamentos, séries e desenhos.



Nossos lugares.

O serviço de bordo começou cerca de meia hora depois do início do voo.
A comida de bordo eu achei bem legal: tinha uma opção de massa e um outro prato com carne ou frango. Eu e Gio comemos massa e Diego pediu o prato com carne, estava gostosinho.
Suco, refrigerante, água, vinho - tudo bem servido.
Após o serviço de bordo, ficou disponível água e suco no balcão ao lado dos banheiros.

Gente.
São em média 8h de viagem até Miami.
Giovanna dormiu um pouco, depois de ver um filme, eu e Diego cochilamos. Não, não dá para dormir tranquilamente com uma criança no meio que não achava posição...eu dormi MUITO pouco e depois de um certo tempo desisti e assisti dois filmes. Eda e Pietro dormiram basicamente o tempo todo hahahahahahaha
Faltando 1h para chegar, serviram o café da manhã: café, leite, suco, pãozinho e queijo, um bolinho estilo muffin. Eu e Diego comemos, Gio só quis o bolinho.

Chegada em Miami foi tensa, porque tínhamos que fazer a imigração e achar o portão certo do embarque para Orlando em 1h e meia. Estávamos cansados, ansiosos e as crianças com fome, mas a fila para a imigração estava enorme. Aguardamos ali quase 1h para passar e só nos perguntaram se estávamos indo a Disney e quanto em dólares estávamos levando. Carimbou passaportes, colheu digitais e pronto.
Não deu tempo de comer e já fomos para o portão de embarque para Orlando.
Aqui eu preciso abrir um MEGA parênteses: eu não falo inglês, né? E era minha primeira viagem internacional. Então...nós fomos ANDANDO até o portão de embarque, ignorando que há um mini trem que faz esse transporte. OU SEJAAAAAAAA: corremos desembestados pelo aeroporto por longuíssimos 20 minutos para chegar antes do avião sair. Sorte que tinha mais gente ainda e não fomos os últimos a embarcar.
Esse voo é curtinho, 50 minutos só.
Serviram bebidas no serviço de bordo e já estávamos chegando.

A saída do aeroporto de Orlando foi meio caótica porque estava em obras, então a operação foi tensa, porque o aeroporto estava bem cheio e tínhamos que desembarcar, procurar a esteira onde sairiam as bagagens ( no andar inferior) pegar as malas, pegar um monorail até o prédio principal onde ficam as saídas e as locadoras de carro. 


Estação do monorail no aeroporto de Orlando 


No fim deu tudo certo, localizamos o balcão da Álamo e assinamos tudo, pegamos os contratos e fomos escolher o carro.

Balcão da Álamo - foto do VaipraDisney.com



Depois de pegar o contrato, você sai do aeroporto e já na porta vê a placa com as locadoras de carro. Basta seguir até o balcão e mostrar o papel, o atendente vai direcionar você para a área do estacionamento onde estão os carros daquela categoria.
O nosso era um SUV para 7 lugares. Escolhemos um Chrysler vinho maravilhoso!


Foto interna do carro.




PRONTO!
Chegamos em Orlando!
No próximo post vou contar o primeiro mico da viagem....

Eu em Orlando - o primeiro mico da viagem!

E como nem tudo são flores e eu sou favelada em qualquer lugar do planeta, além de conservar a absoluta capacidade de fazer merda...vou contar o primeiro mico da viagem.
Voo noturno, bom pra dormir, né? Porra nenhuma! Poltrona estreita, porque eu to na Disney mas não sou a rycah da classe executiva. Vi três filmes, li, joguei, chorei. Mas dormir, nada.
Chegamos a Miami, corre pra Imigração (aqui as crianças em pânico porque eu só sei falar please, thanks e vacation, além de palavrões que obviamente não cabiam na situacion...), tudo em ordem, pega mala, pega trem, corre e chega faltando 20 min pro outro embarque.
Giovanna exausta, pediu pra jogar no IPad. Deixo, né? A criança entra no avião com o iPad. A aeromoça pede para guardar na decolagem.
E AÍ COMEÇA A CAGADA.
Ela coloca no bolso da poltrona. E eu que juro que estava na mochila, ca-guei pro iPad.
Voo curtinho, 50 min estávamos em Orlando.
A empolgação era gigante, eu ameaçando beijar o chão quando descesse, Eda ameaçando me interditar, Pietro ameaçando uma crise de riso...
Quem viu o iPad? Ninguém.
Sai do avião, pega trem, pega mala, vai até a locadora, fala em portunhol, o sujeito fala em inglês tosco e saímos de lá com a chave. Escolhe carro. Enche de mala.
A criança já toda chata pede o iPad.
E SE FAZ A LUZ. E o desespero.
CORRE.
Vai no balcão.
O cara não fala espanhol e nem português. Eu não falo inglês. Ele consegue entender, gracias a God.
Me dá um voucher e me manda pro portão de embarque, mas avisa que tenho q passar por todo o procedimento de embarque d novo.
Porra, gente. 3489 voos saindo naquela hora. Lotado, novos procedimentos de segurança e eu ali, na fila, só com o passaporte e o tal voucher, me sacudindo feito criança querendo fazer xixi.
Chega minha vez: tira sapato, coloca na bandeja, faz o raio X, revista, libera.
A pessoa pega o sapato, o passaporte e SAI CORRENDO, descalça, no meio da galera, até entrar no tal trem e se calçar porque viu o povo olhando estranho.
Olha...em meia hora aqui eu já tava fazendo merda.
Acho que em 15 dias eles me deportam ou me acolhem de vez!
Mas... RECUPEREI MEU IPAD!
Agradeci a moça numa mistura de portunhol com gíria e inglês/vacation e voltei pro carro cantarolando toda feliz.






Calma que 
ainda tem duas semanas pela frente!

Eu em Orlando - Extras, opcionais, macetes

em 27 de julho de 2018

Vocês vão ler MUITA coisa sobre Orlando, sobre viagens em família, sobre o quanto custa e o que fazer. A primeira coisa que a gente aprende (ou deveria aprender) é a filtrar. Porque cada família tem um perfil diferente e tem coisas que são essenciais para uns e dispensáveis para outros.
Procure perceber dentro de todas as informações o que é realmente necessário para o SEU perfil.
Aqui, eu tinha algumas condições:

Não ligava muito de fazer conexão, desde que não ficasse muitas horas no aeroporto;
Queria hotel com cozinha para economizar em refeições, como já contei no outro post;
Carro que fosse confortável para 5 pessoas e malas, já com o Sun Pass (um sistema de pagamento de pedágio).

De resto, a gente foi adaptando e eu vou falar sobre algumas coisas que fizeram MUITA diferença pra mim.

1 - Chip de celular
Compramos aqui e recebemos aqui em uma semana. O chip era da operadora T-Mobile, comprado através da empresa EasySIM4You. Compramos dois e roteamos a internet para os telefones das crianças e pro Ipad.
Em Orlando, o hotel tem wi-fi de qualidade, os parques têm wi-fi, alguns Walmart, Target, restaurantes...tem muito wi-fi público lá. Mas a gente ficou com medo e estávamos com crianças, tinha empresa e trabalho para gerenciar aqui, então optamos por comprar e não me arrependo. Li muitas reclamações sobre incompatibilidade, mas como meu telefone é iphone, não tive problemas. Mas vale a pesquisa antes.



CHIP escolhido: funcionou já no aeroporto.




2 - Carrinho de criança
Sim, minha filha já tinha 6 anos e não usava carrinho aqui há MUITO tempo.
Mas também não caminha 10 km em um dia, né? Então decidi apostar no aluguel de carrinho para crianças maiores. Os parques alugam também, mas é bem mais caro e os carrinhos que vi lá pareciam desconfortáveis. Eu aluguei com a empresa de uma brasileira, a Carrinhos em Orlando , paguei antecipado e no dia da chegada me entregaram no hotel. Perfeito, limpinho e confortável para uma criança já com 34 kg. Gio conseguiu acompanhar o ritmo, chegou a dormir no carrinho, que ainda servia de suporte para a bolsa térmica e a mochila. Foi uma excelente decisão.
P.S: Para Gio, que pesava 34 kg e tinha 1,36 cm de altura, o modelo foi o Summit X3.


Esse é o Summit X3



3 - Itens brasileiros
Esse aqui é um dos itens mais controvertidos dos grupos de Facebook. Tem quem leve tudo, tem quem não leve nada. Vou falar do que eu fiz e foi legal, ok?
Levei daqui: café, farinha láctea, Sustagen, bolsa térmica e mochila.
Existe em Orlando? Existe, em mercado brasileiro e custava 10$ o pacote de pó de café. Caríssimo.
Existe café bom no Walmart? Deve existir, tem zilhões de tipos de café lá.
Mas EU, euzinha, não estava disposta a descobrir comprando pacote por pacote. E uma vitamina de Sustagen no final do dia salva a vida da mãe da criança que chega exausta e só quer dormir.
A bolsa térmica eu já tinha e achei meio tosco deixar para comprar uma bolsa térmica americana só por ter uma bolsa térmica americana - sem contar que levei pouca coisa, então tinha espaço na mala.
Sobre COMIDA: pode levar desde que seja industrializado e esteja LACRADO.
Líquidos acima de 100 ml somente na mala despachada.


4 - Remédios

Bom, eu estava pagando o que tinha e o que não tinha por essa viagem. Já tinha visto varias historias sobre crianças que ficaram doentes durante a viagem e tal...eu não quis arriscar nem com um resfriado.
Além disso, as crianças e Diego são MUITO alérgicos. Então, eu fiz uma malinha básica de remédios que eles estão habituados a usar. Levei os antialérgicos básicos, um antibiótico de amplo espectro, remédio para cólicas, resfriado, enjoos e diarréia, além da Novalgina clássica. Nos EUA, é PROIBIDO venda de dipirona, então se seus filhos usam comumente, leve daqui.
Eu coloquei em uma necessaire de plástico transparente para facilitar se fôssemos parados, mas isso foi na mala despachada e não tive problemas.


Na mala de mão foi somente o Neosoro do vício. (Que aliás deu medo, porque levamos 8 (OITO!!!!!) frascos e pensamos que iam encrencar hahahahahaha)





5 - Malas
Eu tinha direito a uma franquia de 2 malas de 32 kg, 1 mala de bordo de 10 kg e mais um volume (bolsa ou mochila) POR PESSOA.
Obviamente eu não tinha tudo isso de mala nem para um, que dirá para CINCO pessoas. Então eu comprei pela internet um kit de 3 malas nada caras e nada maravilhosas, peguei mala emprestada com amigos e fomos com 3 malas, uma mala de bordo e duas mochilas. Uma das malas foi dentro da outra e ali iam os itens de mercado e remédios, outra mala foi com todas as roupas. A mala de bordo com uma muda de roupa para Gio (absolutamente necessária porque ela derramou suco no avião e foi ótimo ter a roupa ali), uma blusa para cada um de nós, documentos e tal.

Lá em Orlando vendem malas muito melhores e bem mais baratas, então eu comprei malas lá para a volta. Recomendo que deixem para comprar lá: vai sair o MESMO valor de malas de baixa qualidade aqui, porém serão malas muito melhores.
Comprei aqui lacres (tipo um cordão de aço) e cadeados recomendados pela TSA (órgão americano que fiscaliza bagagens). O lacre serve para evitar o golpe de abrir o zíper e tornar a fechar. O cadeado é o seguinte: se a TSA quiser abrir sua mala, eles têm uma chave universal para esses cadeados. Então eles abrem, vistoriam e colocam um bilhete informando isso, fecham o cadeado e pronto. Se o seu cadeado NÃO FOR desses, eles vão simplesmente arrombar o cadeado e sua mala vai ficar sem nada.
(Sim, eles podem fazer isso)

Então vale mais comprar desse cadeado homologado por eles e evitar o problema.




Por enquanto, acho que é isso.
Daqui a pouco conto como foi o vôo!










Eu em Orlando - Organizando o dinheiro

em 25 de julho de 2018

Organizar não é meu forte. Eu sou dispersa, me perco e a única vantagem da idade em relação a isso SE conhecer e saber a hora que vai dar merda.
Pra evitar que desse merda em dólar (lembrem sempre disso - merda em dólar é muito mais cara) eu respirei e achei uma forma de organizar que não ficasse bagunçada e evitasse desperdício.
O que eu fiz?

ENVELOPES, montes e montes de envelopes diferentes para coisas diferentes.
A pasta da viagem.
Então...usei envelopes de tamanho carta brancos para colocar os vouchers de hotel, carro e seguro.
Também fiz cópia de certidões de nascimento, casamento, vacinação e dos passaportes. Isso é importante porque se você perder seus passaportes (DEUSMELIVRE), tem que ir na embaixada brasileira para solicitar outro de emergência para poder embarcar de volta e nesse caso ter a cópia do passaporte é essencial.
Também tinha fotos de tudo isso no e-mail, porque né...vai que...


Os ingressos coloquei em envelopes de carta, mas coloridos, para não me perder.
Os ingressos da Disney você tem uma opção bemmmm bacana: chegando lá você compra uma pulseira chamada Magic Band. Aí cadastra todos os ingressos nas pulseiras (o atendente faz isso, calma) e pronto - toda a sua programação de fast pass, acesso ao parque, as fotos que os fotógrafos de lá tiram: tudo isso fica armazenado ali, então você não precisa mais de ingresso físico.
Os da Universal são com código de barras, então você precisa do ingresso em papel.
A minha opção foi fotografar os códigos de barra e usar o celular no leitor de entrada do parque: é possível depois do primeiro acesso com os ingressos físicos.

Fiz também crachás para Giovanna (na verdade quem fez foi minha sister maravilinda Shaiene) para usar no parque, com as informações em português e em inglês para o caso dela se perder - PÂNICO DISSO. Os crachás tinham nome, idade, a foto de uma princesa por dia e a informação com nossos telefones. Eu comprei os plásticos para crachá na Kalunga e Giovanna AMOU a ideia de escolher uma princesa por dia.


O crachá da Cinderela: o mais usado!


Nessa pasta da foto iam todos os envelopes, as identidades (não usei NUNCA - somente passaporte), o chip para uso nos EUA e a parte principal: envelopinhos de dinheiro.

Vou contar pra vocês: ESSA foi a grande sacada da minha organização. Eu vi a ideia em um dos milhares de grupos de Facebook e resolvi adaptar e foi maravilhoso.
Eu comprei envelopes de cartão, que aparecem na foto em azul e rosa. Em azul, eram os valores já separados para compras específicas: Iphone, PS4 e Ipad (que eram as nossas únicas compras planejadas). Cada compra, um envelope escrito para que era aquele valor. Tudo já em dólar, com os valores que eu já tinha pesquisado aqui.
Fiz um envelope desse azul também para a primeira compra no Walmart, com itens para café da manhã e para lanches, água, refrigerante, coisas para levar para o parque.
Planejamos outra ida ao Walmart para reposição de lanches no meio da viagem: outro envelope azul.
Outro envelope azul para dinheiro referente a estacionamento e combustível: CADA parque cobra 20$ por carro. Então em 13 dias acaba sendo uma despesa alta e eu preferi já deixar esse valor todo separado. Esse envelope inclusive morava no porta luva do carro hahahahahahahaha


Os envelopes rosa eram para uso diário: alimentação dentro/fora do parque, além dos lanches que levamos.
PAUSA IMPORTANTE AQUI: Estamos falando de uma viagem econômica, ok? Tenham isso em mente. E sim, eu preferi fazer lanches mais baratos e comprar um iphone novo.  :)
Eu li várias e várias vezes que a conta é de cerca de 40 a 50 dólares por pessoa, por dia. Mas eu não tinha esse valor e nem queria gastar tudo isso. Então, eu fui atrás de pessoas que tinham gasto menos e vi as dicas de restaurantes deles, além de ver os preços médios de restaurantes no parque e restaurantes que eu fazia questão de conhecer, até chegar a um consenso sobre o que atenderia minha família. Estávamos em dois adultos, dois adolescentes e uma criança de 6 anos.
Optamos por hotel com cozinha completa, então faríamos café da manhã e lanche no fim do dia no hotel, além de poder preparar os lanches para o parque. Combinamos que faríamos UMA refeição gigante por dia, dentro ou fora do parque.
Então peguei meu roteiro, os dólares e fiz assim: dia X, parque X, valor X, com base no que eu tinha pesquisado.  Tinha envelope com 100$, com 120$, com 150$ (o mais caro).
Deixei um envelope também somente com dinheiro trocado, notas de 1 e 2$, para as camareiras do hotel.

Tínhamos uma certa margem para compras básicas e esse valor ficou em um envelope separado, escrito COMPRAS. Se sobrasse $$ no envelope do dia, ia para ESSE envelope.
Além disso, ficamos cada um com 100$ na carteira, à mão, para eventualidades.
Todo dia, tíravamos o envelope "do dia", conferíamos e esse envelope ficava na bolsinha da frente.
Os outros envelopes moravam na parte interna da pochete do Diego - que apesar de TODO meu preconceito, foi a melhor opção que fizemos em relação a transportar dinheiro, já que as doleiras eram absurdamente incômodas.

Vou dar exemplos de dois dias diferentes: um dia de Magic Kingdom, tomamos um super café da manhã com ovos, waffles e bacon (tudo pré pronto, congelado, fácil) no hotel. Eu levava água mineral congelada em garrafinhas que enchíamos nos bebedouros dos parques e Coca Cola em garrafinhas de plastico (não entra lata no parque), isso tudo em uma bolsa térmica pequena que levei daqui do Brasil, a minha bolsa basicona de ir a praia. Levava também Pringles (custa 1 dólar, gente!), palitos de queijo viciantes e biscoitos, às vezes sanduíches de pão de forma com frios.
Chegando no parque as 9h, fazíamos nosso "lanche" por volta de meio-dia, numa pausa para descansar. E lá pelas 16/17h íamos a um restaurante do parque e comíamos, em geral fast food composto de um hamburger gigantesco, batata frita e refrigerante, o que nos alimentava bemmmmm até ir pro hotel depois do encerramento às 21h.
Outro exemplo é o dia de Island, que fechava "cedo", 18h. Aí tomavámos o mega café da manhã, lanchávamos e beliscávamos o dia TODO (a Universal tem um balde de pipoca refil que você enche o dia inteiro e tem refil de refrigerante também), saíamos de lá as 18h e jantávamos em um restaurante fora do parque, com buffet GIGANTE de comida (arroz, massa, salada, carne, todo tipo de comida) por 10$ cada um.
OUUUUU era um dos dias de restaurantes caros e íamos no Bubba Gump, do filme Forrest Gump, comer camarões e gastávamos cerca de 120$ para todos, ou no Planet Hollywood, ou nos montes de restaurantes de Disney Springs.
Então, a gente alternava bem essa questão de alimentação entre restaurantes famosos que fazíamos questão de ir com comida boa e barata para não pesar no orçamento. Comemos nos restaurantes temáticos do Harry Potter, comemos no rodízio de pizza por 5$. Tem restaurantes onde UMA porção serve tranquilamente duas pessoas.


A dica dos envelopinhos foi a MELHOR coisa que fiz em relação a organizar o dinheiro.
Não houve nenhum dia que precisei de mais dinheiro do que o planejado para comida. Pelo contrário, depois da primeira semana vimos uma certa "sobra" e passamos a respirar mais tranquilamente em relação ao orçamento.Pra quem está planejando uma viagem econômica, essa dica é fantástica.

Vamos ao próximo!

Vou contar para vocês os extras que fizeram uma senhora diferença na viagem.

Eu em Orlando - Planejamento inicial

em 24 de julho de 2018

Bom, então tínhamos passaporte e visto, já podíamos programar a viagem.





Eu já vinha pesquisando e vendo preços de passagens, hotéis e tal...mas muito muito perdida, porque é um mundo de informação que a gente vê em sites, blogs e grupos de Facebook que te esmaga.
Então eu comecei a pedir ajuda na cara de pau de pessoas que já tinham ido...e foram conselhos excelentes! Não teria conseguido sem isso.

Eu queria ir a Disney.
Mas na verdade não é assim, sabiam? É que a gente fala "Disney" para se referir a um complexo enorme de parques, entre eles oS parqueS da Disney (no plural, mesmo).
Então eu queria ir a Orlando - essa foi a minha primeira descoberta! (Não riam, eu imploro!)

Orlando, na verdade, é onde fica o aeroporto.
A gente tem uma noção de grandeza que não se aplica aos EUA: os parques da Disney ficam no entorno de Kissimee, uma outra cidade! Sério, é como se fosse um bairro e outro bairro, mas são cidades. Bizarro para quem vem de cidade grande.
Então...a Disney mesmo tem 4 parques "temáticos" e 2 parques aquáticos. A Universal tem 2 parques temáticos e um aquático. Ainda tem o Sea World, um outro complexo de parques que inclui o Busch Garden, famoso pelas montanhas russas radicais.
Eu não tinha dinheiro (obviamente) para todos, então negociei o melhor valor possível para ir a todos os da Disney e os da Universal. É possível comprar os ingressos aqui, num combo, que sai bem mais em conta e você parcela em 10 x! 
Pausa para uma informação muito necessária: nos EUA não se parcela nada no cartão de crédito. Não te oferecem essa opção. Então, para quem vai comi eu fui, contando dólares, parcelem aqui.
No dia que o meu visto foi aprovado, um amigo que é de uma agência aqui no Rio (aliás, recomendo MUITO para quem está inseguro de fazer a viagem por conta própria na primeira vez) estava em um evento e surgiu lá uma promoção para a época que eu queria. Na verdade eu queria antes, mas entre querer e PODER $$ rola uma diferença muito grande - maior ainda em dólar. 
Quando o Thiago (meu amigo) falou o valor, a gente pediu a reserva na hora! Estava muito barato para a época e para o número de pessoas (somos 5 aqui, não esqueçam) e era dentro da nossa possibilidade.
Pela Flytour fizemos: aéreo (com escala em Miami), hospedagem, aluguel de carro, seguro viagem e a compra de ingressos.
Eu já tinha pesquisado muito (quase obsessivamente) e o preço estava bemmm dentro do que a gente estava vendo. Então, topamos. Pagamos parte à vista e parcelamos parte em 10x sem juros, assim ficamos com $$ para levar, para alimentação e despesas lá. 
No total, essa primeira parte (aéreo, hospedagem, carro e seguro) ficou em R$ 18.000,00 para 5 pessoas. Os ingressos foram para 5 dias de Disney e o ingresso especial Park to Park da Universal, que dá direito a ir nos três parques por 14 dias, e isso custou mais R$ 10.000,00 - cerca de R$ 2.000,00 por pessoa. 
O preço de tudo isso é MUITO variável e depende mais da cotação de dólar. Não tem muita diferença entre uma agência e outra, mas sempre procurem informações a respeito de todo e qualquer fornecedor. É uma viagem cara (pra mim, foi) e é a realização de um sonho. Não se pode brincar com isso.
Optamos por não ir a Busch Gardens e Sea World e me arrependi, mas ficou pra próxima.
Eu pretendia viajar em setembro, por causa do aniversário do Pietro (15 anos, né, vamos respeitar). Mas a data que conseguimos foi 24 de outubro. Bom, ainda pegaríamos o Halloween lá, que as crianças sempre gostaram. Não dava pra reclamar, e reclamar era algo que nem passava pela minha cabeça! 
Aí, já era início de setembro e eu viajaria em menos de 2 meses.
O surto estava ali, encostadinhooooo.
Se não existisse grupo de amigos no WhatsApp eu acho que não teria conseguido. Sinceramente.
Nesse estágio,  eu já estava intensificando a pesquisa nos parques: conhecer as atrações principais, tentar marcar Fast Pass, entender como era a questão de alimentação e começar um roteiro.
Porque teríamos 15 dias, mas o dia da chegada e o dia de volta são meio que turbulentos e não dá para fazer muita coisa. Então eu queria encaixar os parques certinho, com a programação de compras (ninguém é de ferro) e vendo previsão do tempo. 
Essa época o clima é bem tranquilo. Até setembro existe a temporada de furacões e a Flórida fica bem no caminho, então a ida em outubro acabou sendo mais "segura". Inclusive em setembro teve dias de parque fechado por causa do temporal, mas não houve danos visíveis.
A temperatura ficava entre 20 e 26 graus.
Ou seja, um friozinho de manhã, mas abria sol e a gente conseguia ir de short para os parques! Eu optei por chinelos em vários dias e foi minha melhor decisão! Hahahahhahahahhahaha 
O roteiro foi bem tenso de organizar, exigiu um certo nível de pesquisa e planejamento. Aí alguém me pergunta: mas não é só comprar ingresso e ir? É, se você tem dinheiro para ir sempre que quiser. Amiguinhos, eu endividei a vida inteira para essa viagem! Só não vendi a alma porque né...o Cara não quer concorrência. Então, não é só comprar ingresso e ir: tem que planejar, porque as atrações tem filas e perder horas na fila é péssimo, ainda mais com criança pequena.
Sem contar que os parques são ENORMES. Você chega a andar facilmente 10/12 KM por dia, a pé.
Pensem nisso: chegar no parque as 9h da manhã e ficar o show de encerramento às 21h. São 12 horas de parque, é uma maratona. 

Se não organizar, você se perde e perde tempo, e tempo em Orlando é dinheiro em dólar, parceiro.

Então comprei um e-book de um grupo de viagens, estudei os parques, fiz o roteiro, montei tudo lindamente em uma planilha maravilhosa, imprimi tu-do, encadernei e...
ESQUECI EM CASA.
Não riam. Ok, podem rir. É tosco. Eu gastei muitas e muitas horas de trabalho e de sono, ocupei pessoas, fiz milhões de perguntas, entrei em 5938 grupos diferentes, baixei mais aplicativos que os livros de receitas da minha sogra e...nada. 





Um tipo de planilha - não foi a minha!

A partir daí, tive que improvisar com a planilha e os aplicativos.
No fim deu tudo certo, mas olha...foi tenso.

Mas então...saímos daqui com todas as despesas feitas e reservas confirmadas e no próximo post vou detalhar a organização do dinheiro para gastar lá.

Eu em Orlando - a parte burocrática

em 23 de julho de 2018


Então, definido que íamos a Disney, vamos a questão burocrática da parada: passaporte e visto.
Custa uma grana, gente. Antes mesmo de pisar em solo americano a gente já começa a pagar em dólares!!!!!! (o valor do visto é calculado em dólares, mas pode ser pago em reais).

Por partes:

Passaporte: feito na Polícia Federal aqui no Brasil. O custo é R$ 257,25 (agora, tá? confiram antes)
Você dá entrada pelo site, paga a taxa, reúne documentação, vai no posto, preenche mais documento, tira foto e marcam um dia para ir buscar.
Atenção: para menores, tem opção de viajar desacompanhado, com somente um dos pais ou somente com os dois. Tem que ter cuidado nessa hora, porque se marcar que somente com os dois, para sair do país com o pai OU a mãe vai precisar de autorização em cartório e é uma outra burocracia.

O melhor lugar para essas informações é o site da Polícia Federal:
http://www.pf.gov.br/servicos-pf/passaporte/passaporte
Lá você tira todas as dúvidas sobre passaporte.
No nosso caso, levou menos de 15 dias para chegar (sou do Rio de Janeiro e fiz no posto do Via Parque) e a gente poder dar entrada no pedido de visto.

O visto americano é chatinho, porque tem um formulário ENORME ( DS 160) para preencher (muitas agências cobram por esse serviço de assessoria) mas eu fiz por minha conta.
Você solicita através do site oficial, esse aqui:

https://br.usembassy.gov/pt/visas-pt/
O formulário é em inglês mas colocando o mouse em cima da pergunta ela aparece em português e é bem tranquilo de fazer. Tem um site que ensina passo a passo e foi o que eu usei:
/http://www.solicitandovistoamericano.com/ds-160-visto-americano-formulario-passo-a-passo/
A melhor dica que posso dar é: NÃO MINTAM.
Preencha claramente o formulário com informações reais. 

Depois de pagar a taxa de U$ 160,00 ou seja, cerca de R$ 500,00 a R$ 600,00 dependendo do câmbio (que é gerada pelo próprio site), são duas etapas: uma entrevista prévia no CASV (Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto), onde serão coletadas digitais e feitas as fotos; uma na Embaixada/Consulado da sua cidade, que é onde o seu visto é aprovado ou negado pelo oficial consular. Nessa etapa final é onde podem ser necessários documentos que comprovem o que você escreveu lá no DS160, ou seja, comprovação de vínculo com o Brasil e seu propósito de ir aos EUA como turista.


Vou contar como foi comigo, mas entendam que cada um é atendido de uma forma, ok?
Eu morta de medo, já que não tenho declaração de imposto de renda e tava parcelando a viagem a perder de vista (outro post) e Diego idem, porque até aí as crianças já sabiam da viagem e estavam todos numa adrenalina só.
Marcamos o CASV para domingo, no Humaitá, atendimento excelente e até adiantado: chegamos cedo e fomos atendidos 15 minutos antes do horário. Celulares DESLIGADOS dentro do CASV.
Levei os comprovantes de solicitação, o comprovante de pagamento, cópia do DS 160, tudo.
Não me pediram nada, coletaram as digitais, fizemos as fotos e ok.
Você entrega seus passaportes no CASV e eles serão devolvidos já com o visto, e aí você pode optar por retirar lá ou receber pelo correio. Como tava rolando greve dos Correios, eu escolhi retirar lá.
No consulado, estávamos agendados para 9h da manhã de segunda feira.

Quase não dormi de nervoso, revi a pasta de documentos um milhão de vezes, chegamos lá com 15 minutos de antecedência e entramos no horário.
UM AVISO: Não é permitido entrar com nenhum equipamento eletrônico lá. E não tem onde guardar a não ser os barraqueiros em frente, ok? Deixe o telefone no carro ou em casa.
Lá dentro, aguardamos em bancos até chamarem os nomes, fomos direcionados para uma fila de guichê onde o cônsul perguntou o que Diego fazia, o que eu fazia, se as crianças estavam na escola, para onde iríamos (nesse ponto eu disse Orlando e Giovanna declarou que ELA ia pra Disney hahahahahaha).

SÓ.
Nenhum documento foi pedido.
NADA. ZERO.
Mas eu vi pessoas tendo visto negado e outras remexendo pastas de documento, ou seja, não existe um parâmetro.
No mesmo momento, ele informou que o visto estava concedido e que eu receberia um e-mail para buscar o passaporte no CASV, desejou boa viagem e pronto.
Gente.
GENTE.
Eu posso confessar aqui que já saí do consulado chorando?
Ali eu comecei a realmente acreditar que SIM, aquilo iria acontecer  de verdade.

Então, uma semana depois pegamos nossos passaportes já com visto e aí sim a parada ficou séria!
EU VOU PRA DISNEY!!!!!!


Disney - onde o sonho se realiza!

em 22 de julho de 2018

Eu fui uma criança pobre.
Minha mãe sempre trabalhou muito, não recebíamos pensão do meu pai, minha avó ficava com os netos para que ela pudesse trabalhar e nos manter. Não tínhamos carro, não viajávamos, não tínhamos luxo algum: escolas particulares e plano de saúde eram coisas inexistentes na minha infância e adolescência.
Mas....eu lia. E asssitia filmes.
Um dia, ouvi alguém num programa falando sobre a Disney e descobri que aquele castelo existia de verdade. Eu não conseguia imaginar um mundo onde aquilo fosse possível. Comecei a olhar revistas antigas (tinha uma barraca, na feira de domingo, que vendia livros e revistas antigos) e buscar fotos que pudessem me dizer que sim, era verdade.
A partir daí, eu sonhava.
Sonhava com uma vida diferente, onde eu um dia pudesse olhar aquele castelo de perto.
A criança cresceu. A vida mudou. O sonho foi colocado num cantinho atrás de todas as necessidades da vida de adulta, mulher, mãe - a vida que foi acontecendo pra mim.
Por fim, um dia, me deparei com esse sonho de novo e descobri que o sonho não era só meu. Meu marido também tinha sonhado essas coisas. Nesse momento, o que dá um sonho lá guardadinho se tornou uma possibilidade e ah, meus amores, nada como uma boa dose de esperança pra fazer a possibilidade virar realidade.
Quando colocamos nossa energia em alguma coisa que queremos MUITO, tudo se precipita.
Não tínhamos sequer passaporte. Nunca tínhamos saído do país! Então...vamos começar a pesquisar e descobrir como um sonho se torna realidade.
COMO EU FAÇO PRA IR A DISNEY?









Eu até vou detalhar o passo a passo em posts, mas acreditem: foi uma loucura. A maioria das pessoas que vai a Disney se programa com mais de um ano de antecedência (tô falando de reles mortais, gente, não gente rica que vai onde quer) e eu fiz TUDO em três meses.
Sim. Entre a decisão de OK, vamos tirar os passaportes e o embarque, foram três meses insanos de muita pesquisa e correria e rezas e pensamento positivo e segredo pra ninguém estragar e planejamento e medo e ansiedade e muita, muita euforia.
Numa noite que antecedeu a viagem, eu saí da cama e fui pro terraço. O céu estava limpo e eu via aquelas estrelas lá, me olhando...eu só sabia chorar, agradecer e rezar. Eu queria voltar no tempo e dizer praquela menina: sonha, meu amor. Sonha muito. Um dia, nós duas vamos tornar tudo isso realidade.
Não foi fácil.
Não foi barato.
Mas não há dinheiro que pague o que eu senti naquele lugar. A magia. A quietude.
A sensação de voltar pra uma casa dentro de mim, onde morava uma parte muito inocente e muito íntima, que me deu a mão ali - diante daquele castelo. A criança que fui. A mulher que me tornei. Os sonhos que fui deixando pelo caminho, tantos sonhos! Mas esse permaneceu, a rebeldia da inocência que resguarda um pedaço de si para um dia entregar, como um presente, nas mãos do adulto que a gente se torna. O pedaço que me permitiu manter esse sonho, que me permitiu a emoção fluindo ao chegar....as lágrimas, muitas, derramadas a cada momento que eu me certificava que estava mesmo ali.
Só quem vive isso sabe.
Muitas pessoas vão a esse lugar e se encantam, adoram, acham maravilhoso. Mas não é só isso.
É voltar para o seu sonho e dizer: vamos.
Essa foi a magia, pra mim.
Vou contar a vocês como foi ir a Disney aos 40 anos, com três filhos e marido e ainda me divertir mais que todos eles juntos.

A mãe que dá certo

em 20 de julho de 2018

Conversando sobre ser mãe, surgiu um textão..
Espero q gostem 

"Não é sobre dar liberdade.
É sobre ensinar o poder das suas escolhas e das consequências delas.
Não é sobre dar limites.
É sobre ensinar valores e confiar no caráter que você formou.
Não é sobre autoridade.
É sobre parceria e respeito.
Não é sobre se tornar isso ou aquilo.
É sobre olhar para dentro dele e ver a pessoa que ele é.
Não é sobre projetar expectativas.
É sobre ter esperança, fé e a certeza de que fez o melhor.
Não é sobre controle.
É sobre entender que ali tem uma pessoa inteira, separada de você.

Criar filho é difícil, todo mundo sabe.
Eu costumo dizer que educar uma pessoa é ainda mais difícil.
Ajudar a formar um caráter, moldar uma personalidade, ver nascer uma pessoa inteira ali.
Não, não é fácil.
E a gente se questiona o tempo todo, a gente sofre, a gente muda de ideia, a gente reclama, a gente suspira, a gente lê, a gente se informa. A gente vai buscar lááááá no fundo do nosso coração as experiências vividas e as marcas deixadas. A gente lembra de nós, a gente lembra das histórias dos nossos pais, dos nossos avós e tios e pensa neles.
O mundo mudou. A vida mudou. As pessoas mudaram. As necessidades mudaram.
É muito difícil ser mãe nesse mundo tão conectado, tão rápido, tão impactante.
Competir com o celular é desleal. Lidar com a adolescência metida em livros e sonhos já era complicado, mas juntar Youtube, Snap, Twitter, Insta é de uma sacanagem sem tamanho: como é que a gente faz para não enlouquecer? Para saber o que eles estão fazendo, pensando, querendo?

NÃO FAZ.
Ops, como é? É. Não faz.
Não dá para fingir que o mundo não mudou e que tudo está a mesma coisa que no tempo da nossa adolescência. Mas também não dá para esquecer que fomos adolescentes, né? Então é aquela velha história de buscar um equilíbrio e fazer o melhor possível com as armas que temos. Respira, não pira e segue o bonde.
Vão rolar verdades arrasadoras aqui.
• Os amigos e toda a vida virtual são muito mais interessantes do que você. CONVIVA COM A INFORMAÇÃO.
• Não é possível proibir seu filho de ter amizade com A, B ou C. A menos que você se mude para uma ilha deserta sem sinal de celular. Então essa é uma briga que NÃO se compra, ok?
• Seu filho VAI experimentar a vida, e isso inclui bebida, drogas e sexo (independente de gênero, tá?). A partir dessa experimentação e do caráter dele, é que vai existir uma escolha de usar/gostar ou não.
• Sabe o tópico aí em cima? Provavelmente você não vai saber. Só vai saber das escolhas feitas. LIDE COM ISSO, sem infernizar o seu filho. Sufocar o adolescente de atenção só vai afastar vocês dois.
• Tenha em mente que ética, valores e tal não são ensinados em uma “conversa séria” aos 16 anos. Ou você começa a ensinar isso junto com a retirada das fraldas ou não vai rolar. NÃO VAI ROLAR. Eles aprendem por osmose muito mais que por audição: o que você faz, as vivências que você divide, o que você vive, o que você é. Isso é que ele vai aprender, não a conversa chata a beça na hora do jantar.
• Os amigos do seu filho são sagrados para ele. Não implique. SE o fulano não presta mas seu filho presta, ele mesmo vai descobrir isso em algum momento.
• “Mas eu passei e não morri” é o pior dos piores argumentos. Você tá educando um filho ou criando um sobrevivente? Sem contar aquele de “não virei bandido”, que é sem comentários possíveis.

CONFIA.
Talvez esse seja o pior e o melhor conselho.
Mas é o mais importante.
Faz seu melhor desde sempre.
Seu filho ainda é pequeno? Leia, leia e leia, ache blogs com informação de qualidade, questione e repense. Não tenha medo de mudar as regras antigas e fazer novas regras, de fazer diferente do que estava fazendo, do que você viveu, do que você planejou.
Cada dia é uma chance de fazer a coisa certa. E quer outro segredo? A coisa certa não é a mesma para todos. Não existe um livro, uma lista de regras, um norteador.
Cada família tem uma dinâmica e cada mãe tem um jeito de lidar e todas estão certas quando tudo dá certo ( e se não der, ela vai saber).
O meu jeito pode ser errado para você e nossos filhos serem maravilhosos. Não é receita de bolo.
Mas tenha em mente que a decisão é sua, só sua. Assim como as consequências.
Você pode fazer isso.
Você dá conta.
Vai dar certo.
Não é sobre somente criar um filho.
É sobre ser educar uma pessoa para ser feliz e fazer o mundo melhor."
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